segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Aplicam a «doutrina Parot» ao preso Ramon Uribe Navarro

Uribe era para ser libertado hoje. É o primeiro preso a quem a sentença 197/2006 é aplicada desde que o Tribunal de Estrasburgo condenou o Estado espanhol precisamente pela sua aplicação. Por outro lado, o preso Juan Ramon Rojo, que também devia sair hoje, vai continuar na prisão até que a «justiça» espanhola decida se lhe aplica a referida doutrina, no dia 12 deste mês.

Depois de passar 18 anos e meio na prisão, o preso político basco Ramon Uribe Navarro (Usurbil, Gipuzkoa) era para ser libertado hoje - mas foi-lhe aplicada a chamada «doutrina Parot», a tal que permite prolongar as penas. É a primeira vez que a sentença 197/2006 é aplicada desde que o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem condenou o Estado espanhol no âmbito do caso de Inés del Río.

O Herrira de Usurbil denunciou o «sequestro» e convocou os cidadãos a mobilizarem-se. Tinha intenção de dar as boas-vindas a Uribe mas, em vez disso, vai levar a cabo uma acção de protesto - às 19h30 no frontão de Usurbil.

Juan Ramon Rojo também era para ser libertado hoje, mas vai continuar na prisão até que se decida a aplicação da «doutrina Parot», no dia 12. Para a associação Etxerat, o facto de Rojo continuar na prisão constitui uma aplicação de facto da doutrina mencionada, e isso, em seu entender, é de uma «extrema gravidade»: «não se trata de um procedimento habitual, e é bastante clara a situação de desamparo em que o preso se encontra neste momento. Juan Ramon Rojo encontra-se sequestrado na prisão, sem que se tenha tomado uma decisão sobre o seu caso». / Fonte: Berria

Zu ikusteko bidean
Zu ikusteko bidean (Edo! argitaletxea) é o título do livro do fotógrafo Gari Garaialde (Hondarribia, Gipuzkoa) cuja apresentação teve lugar no passado dia 23 de Novembro na livraria Kaxilda, em Donostia. A obra aborda, em 40 fotografias a preto e branco, realizadas ao longo de um período de quatro anos (2005-2009), as viagens realizadas por familiares de presos políticos bascos até à prisão de Herrera de la Mancha (Espanha), pelas estradas das dispersão. A apresentação contou com esta peça audiovisual. / Fontes várias (Berria, Gaztezulo, zuzeu, etc.)

Urrutiko kartzelaren batean preso dagoen laguna ikusteko furgoneta batean sartuta pasatzen diren gau eternal horiek. Bidaia ezagutzen dugun norbaitekin egiteak sortzen duen konplizitatea. Behin eta berriro, jende beraren konpainian eta leku beretan geratu arren, sekula ezagun egiten ez diren errepideko taberna eta gasolindegiak. Lehenengo bidaia izan arren, senitartekoak bailiran hartzen gaituzten tabernari atseginak. Polizia guztiek bidean jarritako trabak. Bidaia kideak behin eta berriro errepikatzeak sortzen duen monotonia. Haranzko bidaian egoten den gogoa. Errepideko loak. Itzultzeko bidaian nahasten diren poz, desesperazio eta nekea... Gari GARAIALDE (argazkilaria / fotógrafo)